Inconsciente Coletivo

O inconsciente coletivo segundo Jung é um depósito de imagens e símbolos gerados por sucessivas experiências dos seres humanos aqui na Terra. Esse depósito interagiria com seres humanos através de sonhos estranhos, mas e se o inconsciente coletivo for uma camada mais profunda da consciência, abaixo do inconsciente individual, e ambos trocam informações, podemos pensar que o insconsciente coletivo define design patterns (padrões de organização) do inconsciente individual.

Sob esse ponto de vista, podemos pensar que cada religião da Terra, constitui um sistema de design patterns que alimenta o inconsciente coletivo humano e esse por sua vez realimenta o inconsciente individual.

Um dos grandes mistérios é como é criado o símbolo no inconsciente coletivo humano? Uma idéia fixa é a resposta, o sol como simbolo de divindade, apareceu e reapareceu em muitas culturas na Terra e até hoje existem tribos que acreditam que o sol é Deus, mas se o sol sumisse amanhã, esse padrão iria ser desconstruido do inconsciente coletivo pouco a pouco.

Nas experiências de quase morte, as visões dos pacientes são:
- arquétipo da dissolução
- arquétipo da integração transcendente

Explicando esses arquétipos:

=== Arquétipo da integração transcendente ===

Experiências positivas de quase morte (ocorre em 50% dos casos):

-sensação de estar fora do corpo (9%)
-percepção visual do ambiente e dos acontecimentos ali ocorridos (8%) e de si próprio (autoscopia);
-ruidos audíveis, produzidos pelas pessoas na vizinhança e outras fontes(6%);
-sensação de paz indescritível(inefabilidade, calma e tranquilidade) e de perda da sensação dolorosa(11%);
-presença de uma luz deslumbrante, de grande beleza(5%);
-rápida revisão da vida pessoal(11%);
-sensação nítida de estar num mundo inteiramente diferente(11%);
-sensação de uma presença muito especial(8%);
-sensação da presença de uma espécie de túnel(3%) e de vastidão do espaço;
-premonições sobre eventos futuros(2%).

=== Arquétipo da dissolução ===

Experiências negativas de quase morte (ocorre em 50% das casos):

Grupo 1. Pacientes que parecem perder o controle do episódio, vendo as luzes do túnel como reflexo do fogo dos portões do inferno(sic) em vez da luz radiante do céu.

Grupo 2. Pacientes que se referem à sensação de estar presos num vazio horripilante, dentro de um nada cósmico que causa intenso desespero.

Grupo 3. Pacientes que têm visões de um lugar infernal, com pessoas atormentadas e sendo torturadas.

Conclusão:

A impressão que fica é que o pós vida é uma grande viagem pelo mundo dos arquétipos, por esse ponto de vista, a melhor chance que temos de viver num paraíso, é criando um padrão de céu fortemente idealizado por muitas pessoas.

O que eu suponho que ocorra, é que viver no inconsciente coletivo torna-se insuportável, pois ficamos obrigados a vagar por padrões fixos de símbolos que não se manisfetam em ações, a partir do momento que passamos a rejeitar todos os padrões que tinhamos afinidade, perdemos completamente nossa identidade e só existe uma saida, retornar a Terra.

Aonde fica o inconsciente coletivo?

Pela teoria do campo unificado de Einstein, podemos pensar que uma expressão desse campo unificado é o campo das idéias, na qual as consciências se manifestam, lá ficaria armazenado o inconsciente individual de cada ser, bem como o inconsciente coletivo de cada espécie.
O conhecimento para um passarinho construir um ninho ou para uma aranha construir uma teia, podem vir de arquétipos do inconsciente coletivo de cada espécie.

Referência:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inconsciente_coletivo
Livro:
A religião do cérebro
autor: Raul Marino Jr.
editora: Gente

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